
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, participou de uma reunião remota, no início da tarde desta sexta-feira, 19, na sede da Associação dos Prefeitos do Acre (Amac), com os demais prefeitos acreanos, articulada pelo Ministério Público Estadual (MPEAC) para avaliar a situação da pandemia no estado e discutir medidas restritivas para minimizar o contágio.
O Comitê Covid do Estado está na iminência de adotar medidas restritivas ainda mais severas, cuja decisão, pode ser de lokdown. A intenção é manter uma linguagem uniforme para que os prefeitos possam trabalhar juntos e fazer com que as medidas tenham êxito.
Para Tião Bocalom, a reunião demonstrou a união entre as instituições e convergência em relação a temas fundamentais. Lembrou que trata-se de um alinhamento de pensamentos, e que em um universo de 22 prefeitos é natural que ocorram ideias diferentes.
“Todos estão preocupados com seus munícipes. Eu estou preocupado com o nosso povo de Rio Branco. Muitas mortes acontecendo todo dia. Também há tanta gente que não está trabalhando há muito tempo e já começam a ter problemas sérios, em relação a falta de alimentos em suas casas”, disse Bocalom.
Isaac Piyako, prefeito de Marechal Thaumaturgo, destacou a importância de consenso no cumprimento das medidas restritivas, em face da elevação do número de casos e de internações por coronavírus. “É imprescindível que tenhamos mais restrições”, observou Isaac.
Piyako manifestou preocupação com a falta de médicos em seu município, restrito a uma única médica e o primeiro caso de óbito, por covid-19, em uma aldeia indígena do Rio Amônia. Se queixou das sequelas da doença com as quais convive, por ter sido infectado.
A procuradora-geral do Ministério Público, Kátia Rejane Rodrigues, destacou a importância de uma reflexão dos agentes públicos. Agradeceu ao prefeito Tião Bocalom, presidente da Amac, e o parabenizou pela voz firme em defesa da vida, além da incessante luta para manter viva a economia da cidade.
“O prefeito tem sido uma pessoa que tem nos escutado, temos o escutado também em suas demandas e procurado auxiliar naquilo que é dentro da nossa competência. Aliás, quero agradecer a todos os prefeitos, todos os representantes de prefeito que estiveram nessa reunião, agradecer muito, porque é um momento importante. A gente precisa fazer esse exercício para sair da situação calamitosa que nos encontramos”, colocou Kátia.
Os gestores e o Ministério Público pactuaram que as medidas restritivas terão apoio irrestrito dos prefeitos. Também postularam ações mais enérgicas da polícia para fazer cumprir as medidas disciplinadas por decretos, bem como, celeridade na distribuição de cestas básicas para as famílias em maior dificuldade financeira.