
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, participou nesta sexta-feira, 19, de uma reunião no gabinete do governador Gladson Cameli, com o secretário Nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas.
Participaram do encontro, Carlos Batista, coronel comandante do Corpo de Bombeiros Militar, Paulo Cézar dos Santos, secretário de Segurança Pública, coronel Eudemir Bezerra, coordenador da Defesa Civil Estadual, major Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal e Artur Neto, secretário da Casa Civil Municipal.
Na oportunidade, a Defesa Civil apresentou um raio x dos rios do Estado, e colocou as demandas urgentes em função da alagação, agravadas este ano em função da pandemia do novo coronavírus e outras questões sanitárias.
O prefeito falou da importância do alinhamento de estratégias conjuntas em defesa das famílias atingidas pela cheia dos rios, especialmente em Rio Branco, onde milhares de domicílios foram afetados. Setenta e cinco famílias estão sendo assistidas nos abrigos públicos. 28 desse total, no Parque de Exposições.
“A visita do secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas, é fundamental não só para Rio Branco, mas também para os municípios que se encontram em situação de emergência pela cheia de diferentes rios. Nosso Estado é pobre, não tem recursos suficientes para atender tamanha demanda, mas juntos poderemos fazer mais e melhor”, ressaltou Tião Bocalom.
Conforme Alexandre Lucas, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, tem recursos para assistência humanitária como: cestas básicas colchões, cobertores e kits de higiene. Além disso, locação de caminhões e serviços para ajudar no asseio, bem como, para restabelecer a normalidade, por exemplo, na reconstrução de infraestruturas críticas.
“Também temos recursos da Cidadania para auxiliar nos abrigos, e do Ministério da Defesa, que atua com as Forças Armadas. O importante é que não vai faltar apoio do Governo Federal ao povo do Acre”, assegurou Alexandre Lucas.
O governador Gladson Cameli lembrou que, em Cruzeiro do Sul, o Rio Juruá chegou ao maior nível de alagamento de sua história. Tarauacá enfrenta problemas de iguais, assim como Rio Branco e pediu que a população não se desanime.
“Há uma possibilidade de ficarmos isolados novamente, por causa da cheia do Rio Madeira. Não é para pânico, mas precisamos ter muita atenção. Moverei montanhas se for preciso, mas não deixarei a população abandonada”, disse Cameli.
Sobre a vacinação contra covid-19, Gladson falou que há previsão de, no final deste mês, o Acre receber mais uma remessa de vacinas e não descarta entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal pedindo que o Ministério da Saúde vacine a maior parte da população. O governador se baseia na emergência pela epidemia de dengue, alagação dos rios, além da problemática da imigração ilegal.
“A vinda do secretário serve para orientar as equipes do governo e dos municípios. Temos previsão de chuvas pelos próximos sete dias acima de 100 milímetros, no alto e baixo Acre”, observou o coronel Batista.
Para o coordenador da Defesa Civil Municipal, Major Cláudio Falcão, a presença do secretário Nacional da Defesa Civil é de fundamental importância. “In loco, o secretário Nacional pode verificar a real situação da população de Rio Branco que precisa ser atendida pelo Governo Federal. Neste domingo estaremos com ele para mostrar a realidade das famílias atingidas pela enxurrada e pela cheia, para que ele possa ter subsídios necessários para as tomadas de decisões”, explicou Falcão.