Defesa Civil Municipal e Serviço Geológico do Brasil realizam mapeamento de áreas de risco em Rio Branco

Equipes do Serviço Geológico do Brasil (SGB) estão em Rio Branco realizando um mapeamento de áreas de risco de desmoronamentos, em parceria com a Defesa Civil Municipal. O objetivo é identificar os locais suscetíveis a desastres e adotar medidas preventivas, evitando maiores danos às famílias que vivem nessas regiões.

Na manhã desta quarta-feira (10), as equipes percorreram o bairro Taquari, no Segundo Distrito, uma das áreas mais afetadas pelas enchentes durante o período do inverno amazônico.

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“Durante o período chuvoso a gente enfrenta muitas dificuldades”, destacou Francisca. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

Francisca Conceição Silva, catadora de material reciclável, reside no bairro Taquari. A autônoma ressalta sobre as dificuldades enfrentadas durante o período chuvoso.

“Aqui é horrível. A alagação chega e a gente já fica com medo antes de chegar o inverno. Porque quando já começa a chover, as nossas casas alaga com a chuva. A nossa casa de madeira fica toda mole, as de alvenaria, ficam caindo aos poucos.”

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“Aqui o risco é hidrológico, mas também acontecem casos de desmoronamento”, explicou Glácio. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

O subcoordenador da Defesa Civil da capital, coronel José Glácio, que acompanha de perto o trabalho, destacou a importância da ação preventiva.

“O Serviço Geológico do Brasil está fazendo um monitoramento aqui no bairro Taquari sobre o risco geológico. Todos nós sabemos que aqui o risco, praticamente todo o bairro é hidrológico, mas também acontecem casos de desmoronamento. Observamos que onde existe problema geológico, as residências mais afetadas são as construídas em alvenaria, porque quando há movimentação do solo, a alvenaria racha. Já as construídas em madeira sofrem menos, mas precisam de manutenção constante.”

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“A atualização do mapeamento das áreas de risco é fundamental para subsidiar planos de contingência”, ressaltou Luiz. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

O geólogo do Serviço Geológico do Brasil, Luiz Fernando dos Santos, ressalta que a atualização do mapeamento das áreas de risco é fundamental para subsidiar planos de contingência e orientar futuras ações de urbanização, infraestrutura e prevenção, garantindo mais segurança e qualidade de vida para a população.

“No Taquari, a principal questão são as inundações, causadas pelos rios, córregos, igarapés e pelo Rio Acre, que geram processos de inundação e erosão das margens. Quando há desbarrancamento, esses são os principais processos que observamos aqui.”

Com base no levantamento realizado, que seguirá durante toda a semana, as informações poderão ser utilizadas pelas secretarias de planejamento e pela prefeitura em casos de sinistros naturais, facilitando a requisição de recursos junto ao governo federal de forma ágil.

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