Categoria: Cheia do Rio Acre

O Rio Acre ultrapassou a cota de alerta de 13,50 metros. Na manhã desta sexta-feira, 25, o nível do rio está em 13,88m. Preocupada com a segurança dos moradores rio-branquenses, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Defesa Civil Municipal, está monitorando 10 bairros, com mais de 580 famílias. Outros municípios estão na cota de alerta, como Xapuri e Brasileia. A água desses municípios acaba chegando em Rio Branco, ocasionando o aumento no nível do Rio Acre. O coordenador Municipal de Defesa Civil, Tenente-coronel Cláudio Falcão, alertou que é possível que o nível do rio chegue na cota de transbordamento que é de 14 metros ainda nesta sexta-feira. “É possível que tenhamos um transbordamento. Temos uma intensificação das chuvas no período de 24 até dia 27, não apenas em Rio Branco, mas em toda a bacia. Isso pode agravar o cenário na capital, atingindo alguns bairros e também famílias”, alertou o coordenador. A Defesa Civil está em alerta e com abrigos pré-prontos para caso seja necessário a retirada das famílias. No Parque de Exposições estão montados 30 abrigos. Mais 50 abrigos estão montados nas 5 escolas mapeadas, e vão abrigar dez famílias em cada. “Esperamos que não seja necessário usar, mas caso precise, estamos preparados. Esse é o papel da Defesa Civil, estar sempre pronta e preparada. Estamos sempre preparados para o pior e esperando que o melhor aconteça”, frisou o tenente-coronel. Cláudio Falcão ressaltou que caso as famílias precisem de ajuda, devem entrar em contato com eles através do número de emergência do Corpo de Bombeiros, 193, que também serve para a Defesa Civil Municipal. “Deixamos uma orientação às famílias, que utilizem esse número em caso de extrema necessidade. As famílias que estão sendo atingidas, podem nos chamar para uma vistoria, não necessariamente apenas para fazer a remoção delas. No momento certo, diante da avaliação que precisamos fazer, nós realizamos a retirada dessas famílias e colocamos em abrigos”, concluiu Cláudio Falcão. Bairros monitorados – Base – Seis de Agosto – Baixada da Habitasa – Airton Sena – Cadeia Velha – Adalberto Aragão – Cidade Nova – Triângulo Novo – Taquari – Palheiral

Com a intensificação das chuvas no período de inverno amazônico na cidade de Rio Branco, as águas do Rio Acre atingiram o nível de 13,75m, na medição de 9 horas da manha, e se aproximam da cota de transbordamento que é de 14 metros. Preocupado com a situação, o prefeito Tião Bocalom visitou, na manhã desta terça-feira, 22, a Travessa Éder, no bairro 6 de Agosto, um dos primeiros pontos a ser afetado pelas águas. O gestor estava acompanhado do coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Bombeiro Militar, Cláudio Falcão, da assessora técnica do gabinete, Suziane Rebouças, do assessor especial de articulação institucional, Helder Paiva, e do vice-líder do prefeito na Câmara, vereador Rutênio Sá. Depois o prefeito seguiu para o Parque de Exposições onde estão sendo preparados, de forma preventiva, os primeiros módulos habitacionais para abrigar as pessoas em caso de transbordamento do Rio Acre. A prefeitura monitora sete famílias, em quatro bairros: 6 de Agosto, Habitasa, Ayrton Senna e Base. Uma delas foi removida para a casa de parentes com a poio da Defesa Civil. As demais famílias da região estão sendo monitoradas. De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente coronel Bombeiro Militar, Cláudio Falcão, a Defesa Civil está em atenção máxima desde o último sábado, onde houve mais de três metros de aumento no nível do rio Acre aqui em Rio Branco, chegando muito próximo da taxa de transbordamento. “Estamos também monitorando os igarapés, pois pelo menos 3 encheram bastante e juntamente com esse monitoramento estamos indo ao parque preparando abrigos com todo o auxílio do prefeito e todas as secretarias municipais que nos apoiam nesse momento. Além do parque termos escolas que darão suporte. No momento já estamos com a preparação de 80 abrigos”, ressalta Falcão No Parque de Exposições, onde a prefeitura prepara os módulos habitacionais o vereador Rutênio Sá, enfatizou o empenho pessoal do prefeito Tião Bocalom no sentido de assegurar o bem-estar das pessoas que moram em áreas alagadiças. “É importante a ação da prefeitura em se antecipar a uma provável alagação, juntamente com a Defesa Civil, e está de parabéns por se preocupar em minimizar o sofrimento de algumas famílias”, disse o vereador. Segundo o prefeito Tião Bocalom, além dos abrigos no parque, a prefeitura já providenciou a adequação de cinco escolas públicas, cada uma com capacidade para abrigar 10 famílias, com segurança. “Não queremos que as pessoas fiquem desalojadas, estamos trabalhando com a mobilização de todas as secretarias municipais para fazermos um trabalho igual ou melhor ao que ofertamos no ano passado. Nosso povo merece dignidade”, observou o prefeito.  

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e o coordenador da Defesa Civil Municipal, major Cláudio Falcão, concederam entrevista coletiva, nesta quarta-feira, 24, para falar sobre a liberação do saque do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) para as pessoas que foram atingidas pela cheia do Rio Acre ou pela enxurrada dos Igarapés. A Defesa Civil Municipal tem realizado um trabalho minucioso, sistemático e metodológico para identificar todos os endereços atingidos pelas águas. O levantamento técnico foi entregue ao prefeito Tião Bocalom que, rapidamente, encaminhou a documentação para a Caixa Econômica Federal que fez a liberação do FGTS. Têm direito ao saque as pessoas diretamente atingidas pelas águas do Rio Acre ou pelas enxurradas. e que tenham saldo positivo na conta do FGTS e que não tenha feito o mesmo tipo de retirada nos últimos 12 meses. A Caixa, na qualidade de Agente Operador do FGTS, cumpre com as determinações legais e adota as providências necessárias para operacionalização do Fundo de Garantia. Para acessar o benefício, é necessário baixar o aplicativo Caixa FGTS no celular, fazer o cadastro e inserir um documento com foto e comprovante de endereço. No momento do cadastro o beneficiário deve indicar uma conta, seja da Caixa ou qualquer outro banco, para que o valor seja depositado.  Depois disso, o favorecido deve aguardar cinco dias para a Caixa emitir a declaração. O valor máximo a ser sacado é de R$ 6.220. Em Rio Branco, 6.863 famílias foram atingidas, mas nem todas têm o direito de sacar o benefício. Estima-se que pelo menos 2.000 possam realizar o saque. O processo para sacar o FGTS tem dois prazos para término: dia 19 de maio para as famílias atingidas pelas enxurradas e no dia 23 de maio para as famílias atingidas pela cheia do Rio Acre. O coordenador Municipal de Defesa Civil, major Cláudio Falcão, esclareceu que caso a pessoa não consiga comprovar que mora no endereço atingido, a Defesa Civil irá emitir uma declaração. “Essas pessoas que não tem como comprovar o endereço podem procurar a defesa civil para que possam adquirir os documentos que por ventura faltem, para sacar o FGTS”, avisou o coordenador. O prefeito Tião Bocalom informou que esses recursos, sacados do FGTS, servirão para aquecer a economia que está parada, devido a pandemia. “Sem dúvidas que esse dinheiro, que a gente calcula em torno de R$ 4 milhões, servirá para aquecer o comércio e também ajudar as pessoas mais humildes, que tem esse dinheiro preso e que agora vão poder sacar”, disse o prefeito.

O prefeito Tião Bocalom, o secretário Nacional de Defesa Civil, Alexandre Lucas, a vice-prefeita, Marfisa Galvão e o Coordenador de Defesa Civil Municipal, major Falcão, depois de uma visita ao Parque de Exposições, resolveram, neste domingo, 21, pegar um barco e seguir rio Acre acima para ver as condições do nível do rio e dos bairros atingidos pela cheia. A equipe passou pelos bairros Base, Cidade Nova, baixada da Sobral, Airton Sena, Taquari e retornaram para ver a situação também do bairro 6 de Agosto. O prefeito disse que não tem dúvidas de que olhando de dentro do rio para fora, pode-se ver melhor os estragos da cheia e que se o rio encher mais meio metro, por exemplo, muitas famílias vão ter que sair da região. “A gente fica triste em ver a situação que está aí. Infelizmente todos os anos são desse jeito e o mais importante de tudo isso é que o nosso Secretário Nacional de Defesa Civil pode ver tudo isso de perto. Isso é muito importante porque é ele quem vai nos ajudar a arrumar os recursos em Brasília para que a gente possa socorrer nossa população. À medida em que esse rio está subindo é muito importante a ajuda federal”, ressaltou Bocalom. Depois dessa visita, in loco, o secretário nacional pode concluir que realmente há um desastre instalado na cidade. “As pessoas estão precisando de apoio, o poder público municipal tem dado esse apoio, o governo do Estado também, mas o governo federal não pode se omitir. Nós vamos ajudar com a liberação de recursos o mais rápido possível porque o município está precisando, o Estado está precisando”, enfatizou o secretário Alexandre Lucas.