Entre as atividades, o destaque é a palestra "Rio Branco pela Igualdade Racial: por uma sociedade antirracista", que está sendo levada a pelo menos dez escolas da capital
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, por intermédio do Departamento de Promoção da Igualdade Racial (DPIR), está realizando ao longo deste mês o Novembro Negro, uma série de ações voltadas à valorização da cultura afro-brasileira e ao combate ao racismo. Entre as atividades, o destaque é a palestra “Rio Branco pela Igualdade Racial: por uma sociedade antirracista”, que está sendo levada a pelo menos dez escolas da capital.
Nesta quarta-feira (12), foi a vez da Escola Estadual José Ribamar Batista (Ejorb) receber a ação. Três blocos de palestras foram realizados para contemplar as turmas do 1º, 2º e 3º anos do ensino médio. O objetivo é promover a reflexão e a conscientização entre os estudantes para que se tornem agentes ativos no combate à discriminação e ao preconceito.
O gerente do DPIR, Jota Conceição, destacou o compromisso da atual gestão em fortalecer as políticas públicas voltadas à igualdade racial. (Foto: Marcos Araújo/Secom)
O gerente do DPIR, Jota Conceição, destacou o compromisso da atual gestão em fortalecer as políticas públicas voltadas à igualdade racial. Ele lembrou que, segundo o Censo Demográfico de 2022 do IBGE, cerca de 73,5% da população acreana se autodeclara preta ou parda, o que reforça a importância de ações contínuas de enfrentamento ao racismo.
“A Prefeitura de Rio Branco tem uma lei municipal que dispõe sobre a promoção da igualdade racial em todo o território do município de Rio Branco. Todos os dias nós combatemos o racismo e a discriminação. Porém, em novembro, desenvolvemos várias ações, uma delas nas escolas, conscientizando os alunos, jovens e a nossa sociedade sobre o combate ao racismo e à discriminação, por uma sociedade antirracista”, salientou Conceição.
“Agradeço desde já à Prefeitura de Rio Branco por essa parceria e esperamos sempre contar com eles aqui na escola”, disse Williane. (Foto: Marcos Araújo/Secom)
A professora de Arte da escola, Williane Martins, agradeceu a parceria da Prefeitura e ressaltou a importância de trabalhar o tema de forma permanente no ambiente escolar.
“É uma importância grandiosa para a escola, porque estamos há uma semana nesse processo de conscientização, não só nesta semana, mas também o ano todo. Desde o início das aulas, a gente trabalha essa questão racial dentro da escola. E isso é muito importante. Agradeço desde já à Prefeitura de Rio Branco por essa parceria e esperamos sempre contar com eles aqui na escola”, disse Williane.
“Em pleno 2025, ainda existe muito preconceito e desrespeito contra os negros”, expressou Thiago. (Foto: Marcos Araújo/Secom)
Os estudantes também compartilharam suas percepções sobre o impacto da palestra. O aluno Thiago Felipe Mota falou sobre a importância da conscientização da nova geração.
“Em pleno 2025, ainda existe muito preconceito e desrespeito contra os negros. Eu também acho fundamental trazer essas palestras para dentro da escola, pois o racismo ainda não acabou. A gente vê isso não só na escola, mas também nas ruas, quando passamos e as pessoas nos julgam pela cor da nossa pele. Eu mesmo já sofri preconceito por ser negro, mas não me abalei”, relatou Mota.
“Acredito que trabalhar isso na escola é essencial, porque conscientiza os alunos a respeitar as pessoas”, afirmou Freitas. (Foto: Marcos Araújo/Secom)
Já a aluna Isabel Kettlen Freitas destacou que a ação chegou em um momento oportuno, quando a escola se prepara para a Semana da Consciência Negra, com uma programação cheia de apresentações e debates.
“Acho que é muito importante a escola trabalhar isso, até porque sabemos que na escola convivemos com muitas pessoas de diferentes pensamentos. Acredito que trabalhar isso na escola é essencial, porque conscientiza os alunos a respeitar as pessoas”, afirmou Freitas.
O estudante Pietro Vinicius dos Santos também compartilhou sua experiência pessoal, relatando como o tema da Consciência Negra transformou sua visão sobre suas origens. (Foto: Marcos Araújo/Secom)
O estudante Pietro Vinicius dos Santos também compartilhou sua experiência pessoal, relatando como o tema da Consciência Negra transformou sua visão sobre suas origens.
“No começo do ano, eu tinha uma visão muito diferente sobre a Consciência Negra. Eu participava de capoeira e tinha parado porque achava que não importava, mas a professora me ajudou bastante a voltar. Agora, estou me empenhando para aprender cada vez mais”, explicou Santos.