Prefeitura e Ufac desenvolvem projeto de enriquecimento ambiental para primatas no Parque Chico Mendes

Projeto voltado ao enriquecimento ambiental de primatas neotropicais mantidos sob cuidados humanos no Parque Ambiental Chico Mendes

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac), está desenvolvendo um projeto voltado ao enriquecimento ambiental de primatas neotropicais mantidos sob cuidados humanos no Parque Ambiental Chico Mendes.

Foto de primatas no Chico Mendes
A iniciativa tem como principal objetivo promover o bem-estar dos animais, estimulando comportamentos naturais e melhorando sua qualidade de vida. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

A iniciativa tem como principal objetivo promover o bem-estar dos animais, estimulando comportamentos naturais e melhorando sua qualidade de vida. O projeto contempla cinco espécies de primatas: macaco cairara, taboqueiro, aranha, barrigudo e bigodeiro.

Foto dos primatas do Parque Ambiental Chico Mendes
O projeto contempla cinco espécies de primatas: macaco cairara, taboqueiro, aranha, barrigudo e bigodeiro. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

Entre as ações estão práticas de alimentação diversificada, utilizando frutas com casca, como maçã e cenoura, além de vegetais mais duros. Uma das novidades é a oferta de picolés de frutas nos dias mais quentes, que ajudam na hidratação e proporcionam conforto térmico aos animais.

Foto de Primatas no Parque Chico Mendes
Picolés de frutas são oferecidos nos dias mais quentes, que ajudam na hidratação e proporcionam conforto térmico aos animais. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

Segundo a bióloga do Parque Ambiental Chico Mendes, Marta Oliveira, o cuidado com a alimentação é essencial para a saúde e o comportamento dos primatas.

Foto de Biológa
“A dieta alimentar tem uma importância fundamental, porque relaciona a saúde do animal com a vida dele em recinto”, explicou a bióloga Marta Oliveira. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

“A dieta alimentar tem uma importância fundamental, porque relaciona a saúde do animal com a vida dele em recinto. Procuramos sempre oferecer alimentos o mais naturais possível, para que eles se sintam realmente como se estivessem — claro que não no meio da floresta —, mas trazendo um pouco da floresta até eles”, explicou a bióloga.

Foto de Primata
Além de garantir o bem-estar dos animais, o projeto busca também integrar aspectos nutricionais, comportamentais e sanitários. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

Além de garantir o bem-estar dos animais, o projeto busca também integrar aspectos nutricionais, comportamentais e sanitários, contribuindo para a manutenção da saúde geral das espécies.

Outro ponto importante da iniciativa é o viés educativo. Nos dias 12 e 13 de novembro, será realizada uma ação de educação ambiental voltada às crianças de escolas públicas e aberta ao público em geral. A atividade tem como foco estimular a conscientização sobre a preservação das espécies e dos ecossistemas amazônicos.

Foto de Mirlane Assis
De acordo com a estudante de Medicina Veterinária da Ufac, Mirlane Assis, o projeto é dividido em três etapas. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

De acordo com a estudante de Medicina Veterinária da Ufac, Mirlane Assis, o projeto é dividido em três etapas. Na primeira fase, a equipe observa os comportamentos de estresse apresentados pelos primatas, já que o simples fato de estarem fora do ambiente natural pode gerar alterações comportamentais.

Foto de Alimentação de Primatas
Na segunda fase, são implementadas ações de enriquecimento ambiental e alimentar, com mudanças no espaço e na dieta dos animais. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

Na segunda fase, são implementadas ações de enriquecimento ambiental e alimentar, com mudanças no espaço e na dieta dos animais. Por fim, uma nova análise é realizada para verificar a evolução do comportamento e dos níveis de estresse observados inicialmente.

Foto de imagens dos macacos-Cairara e Macaco Taboqueiro
“Optamos pelos cairaras, que apresentavam maior comportamento de estresse. E temos previsão de conclusão até dezembro”, destacou Mirlane Assis. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

“A gente começou em agosto essa primeira etapa, desenvolvendo principalmente o que seria feito, o que seria abordado e quais seriam as espécies com que iríamos trabalhar aqui no parque. Optamos pelos cairaras, que apresentavam maior comportamento de estresse. E temos previsão de conclusão até dezembro”, destacou Mirlane Assis.

O projeto, iniciado em agosto deste ano, tem previsão de término em dezembro de 2025 e representa um avanço nas ações conjuntas entre a Prefeitura de Rio Branco e a Ufac em prol da conservação da fauna amazônica e da promoção do bem-estar animal.

,

Outras notícias...