A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Agropecuária (Seagro), está intensificando os esforços para auxiliar os moradores da zona rural atingidos pela cheia do rio Acre. Com 23 comunidades às margens dos rios e mais de 4 mil pessoas morando nessas áreas toda e qualquer ajuda é bem-vinda. A ação da prefeitura busca amenizar os impactos da enchente.

“Hoje chegou mais um trabalho humanitário nas propriedades rurais que estão sendo alagadas, os produtores rurais perderam a produção de mandioca, milho e macaxeira. É um trabalho que iniciou com a ajuda humanitária da água mineral, principalmente, e é determinação do prefeito a gente poder ajudar, o secretário e toda a equipe cair em campo, o trabalho não para 24 horas ajudando o produtor rural”, disse o chefe do departamento técnico, Gleidson Aguiar.
Desde a última sexta-feira equipes da Seagro têm atuado em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil para socorrer a população afetada. Priorizando as áreas mais isoladas. Foram disponibilizados barcos para resgatar àqueles que estavam incomunicáveis. Além disso, a distribuição de água potável tem sido uma prioridade, considerando a dificuldade enfrentada por muitos em meio à inundação, onde as fontes tradicionais de água foram comprometidas.
Com o nível do Rio Acre batendo a faixa dos 17 metros, os agricultores começam a perder a produção. O aposentado José Bartolomeu, de 69 anos, e o seu amigo o produtor Maury Nunes que são vizinhos tentavam salvar parte da plantação de mandioca que está debaixo d’água.
“As bananas e as macaxeiras já foram quase todas e as galinhas estão suspensas, eu já fiz um giral para botar umas coisas em cima”, explicou José.

“Está tudo coberto. Eu não perdi mais porque todo dia eu estou arrancando. Ali tem um bananal que eu perdi o ano passado todinho, replantei esse ano e está lá do mesmo jeito”, falou Maury.
Após o controle da situação emergencial, a prefeitura planeja realizar um levantamento detalhado dos danos e perdas enfrentados pela comunidade rural. Esse processo incluirá a avaliação das perdas na produção agrícola, bem como a identificação das necessidades individuais das famílias afetadas. O secretário da Seagro, Eracides Caetano, disse que embora não seja possível atender a todas as demandas imediatamente, os esforços estão sendo feitos para minimizar os impactos e oferecer suporte para àqueles que mais precisam neste momento difícil.
“Faremos um levantamento de percas dos produtores e também levar sacolões, kits de limpeza, colchões. O que fizemos o ano passado, mas agora o momento mais crítico é em Rio Branco. Estamos socorrendo primeiro essas pessoas, depois iremos para a Zona Rural para ver a situação de perca deles”, finalizou Eracides.