Saerb e Defesa Civil de Rio Branco monitora situação de cheia repentina do Rio Acre, no interior

Prefeitura de Rio Branco, por meio da Comdec e Saerb, monitora cheia repentina do Rio Acre, causada por forte chuva no Peru, Bolívia e Assis Brasil

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) e do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), está monitorando de perto a situação do Rio Acre, na capital acreana, que nas próximas horas receberá um grande volume de água vindo do Peru e Bolívia e também do município de Assis Brasil.

De acordo com o Coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, a cheia repentina do Rio Acre ocorreu devido ao grande volume de chuva nos países vizinhos, Peru e Bolívia.

Foto Coronel Cláudio Falcão
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, a cheia repentina do Rio Acre ocorreu devido ao grande volume de chuva nos países vizinhos. (Foto: Secom)

“De domingo para segunda-feira (9 e 10 de novembro), aumentou quase cinco metros o volume de água lá em Aldeia dos Patos e Assis Brasil. Nessa terça-feira (11), já está em vazante na Aldeia dos Patos e Assis Brasil e a água está passando por Brasileia. O rio de Brasileia nas últimas 24 horas aumentou quase quatro metros e meio. Essa água ela vai rolar naturalmente, vai passar também por Xapuri e depois Capixaba e vai chegar em Rio Branco. Rio Branco eu prevejo aqui que ela deve chegar na noite de quarta para quinta-feira (12 e 13 de novembro) ou durante a quinta-feira (13), e devemos ter uma modificação no Rio. A quantidade de água ela não vai chegar igual em Rio Branco, mas ela deve chegar a um metro e meio, quase dois metros de aumento de nível. Então é uma subida bastante forte”, comentou o coordenador.

Imagem do rio em Assis Brasil
Cláudio Falcão evidenciou ainda que essa subida pode causar alguns impactos, mas descartou qualquer risco para a população em geral. Imagem do Rio Assis Brasil. (Foto: Internet)

Cláudio Falcão evidenciou ainda que essa subida pode causar alguns impactos, mas descartou qualquer risco para a população em geral. “E quais são os impactos que isso tem? Praticamente nenhum impacto na bacia com exceção para nós, mas para que não ocorra nenhum problema, principalmente na captação de água, já realizamos, em conjunto com os técnicos do Saerb, uma vistoria nas ETAs e estamos atentos”, completou o coordenador da Comdec.

Foto Enoque Pereira
Enoque Pereira, diretor-presidente do Saerb, asseverou que segue acompanhando de forma contínua o comportamento do Rio Acre e garante que a situação da captação de água na capital está sob controle. (Foto: Secom)

Enoque Pereira, diretor-presidente do Saerb, asseverou que segue acompanhando de forma contínua o comportamento do Rio Acre e garante que a situação da captação de água na capital está sob controle. Apesar das chuvas registradas nas cabeceiras do rio, a autarquia informa que não há motivo para preocupação.

De acordo com o diretor-presidente, o volume de chuva aumentou nas regiões mais altas, mas ainda não teve impacto direto em Rio Branco. “Choveu bastante na parte de cima do Rio Acre, tanto no Peru quanto aqui no Brasil. Em Brasileia, o rio subiu cerca de cinco metros e, em Xapuri, um metro e meio, mas essa água ainda não chegou aqui. De ontem para hoje, inclusive, o nível baixou um pouco. Como o rio está muito seco, a água acaba se espalhando, e se não há consistência lá na parte de cima, ela não chega com força até aqui”, afirmou Enoque.

Foto aérea sobre o Rio Acre
“Como o rio está muito seco, a água acaba se espalhando, e se não há consistência lá na parte de cima, ela não chega com força até aqui”, afirmou Enoque. (Foto: Secom)

Pereira disse ainda que o Saerb realiza esse trabalho preventivo todos os anos, com equipes preparadas para agir diante de qualquer mudança no nível do rio.

“A gente se prepara todos os anos para essas situações. Claro que, às vezes, a natureza surpreende, mas em termos de captação estamos tranquilos. Quando vem balseiro ou algum material flutuante, fazemos a limpeza das bombas e dos flutuantes. Estamos sempre monitorando o rio. Tenho contato direto com o pessoal de Xapuri, com o gerente de lá, e a gente troca informações sobre chuva, subida do rio e repiquete”, acentuou Pereira.

Segundo ele, o momento é de atenção e acompanhamento constante. “Aqui está tudo sob controle. A gente sabe que o inverno está chegando, que as chuvas não demoram muito, e vamos acompanhando dia após dia, nos adequando ao comportamento do rio. Estamos nos preparando diariamente para que, quando a água chegar, não sejamos pegos de surpresa”, finalizou.

Outras notícias...