
Das 84 escolas da rede municipal de ensino, alunos de 20 estão sendo prejudicados. As demais estão funcionando normalmente.
As escolas que estão sendo prejudicadas por conta da paralisação têm a adesão ao movimento grevista apenas do pessoal de apoio, que são a minoria. Os professores, a direção e todo o corpo pedagógico continuam na ativa.
Na escola Mauricília Santana, localizada no polo de assentamento Benfica, a rotina pedagógica continua a mesma.
“Se olharmos o retrospecto anterior, não tinha esses reajustes como o do ano passado e no ano retrasado, tanto para o professor, como para o servidor de apoio. Então nós entendemos que não era o momento para fazer greve agora, até porque nós, como servidores públicos, temos que pensar também nas crianças da comunidade. Fazer greve agora não seria o melhor momento”, explicou o diretor Jadson Cabral.
O prefeito Tião Bocalom, a secretária de Educação Nabiha Bestene e o subsecretário Paulo Machado visitaram às escolas que continuam com as atividades normais em solidariedade aos servidores.
“Na realidade as escolas não aderiram a esse movimento de greve, porque os professores têm essa consciência de que essa greve é inoportuna, inadequada para o momento haja vista os grandes benefícios que já foram produzidos para a educação de modo geral, tanto para os professores como para o pessoal de apoio”, informou o subsecretário de educação, Paulo Machado.
A merendeira Marinete Rodrigues, servidora efetiva do município, sabe da importância de cada colaborador para manter as atividades na escola em pleno funcionamento para que o ano letivo não seja prejudicado.
“Nós não aderimos, pois se uma faltar, já faz falta. Todos somos importantes.”
A creche municipal Ione Portela também foi visitada pelos gestores. Aqui, são cerca de 30 servidores de apoio, a rotina escolar também continua a mesma, nenhum funcionário de apoio aderiu à pauta grevista.
“A gente ponderou bastante a questão da criança, que já está adaptada na escola para parar agora. No primeiro momento a gente fez essa avaliação. No segundo momento foi a questão da alagação que teve, nós ainda estamos com o prejuízo da pandemia. Por isso a escola achou melhor não aderir”, disse a diretora Ezisângela Souza.
O prefeito disse que respeita os servidores que optaram em aderir ao movimento, mas lembrou que no ano passado foi dado mais de 60% de aumento salarial para esse grupo que está reivindicando agora.
“A princípio a secretária tinha proposto 10 mil para os professores e 5 mil para o pessoal de apoio, quando eu vi a proposta eu falei para reduzirmos do professor para nove e quinhentos e botar 7 mil para os nossos trabalhadores de apoio, porque eles ganham muito pouco. Tudo que foi possível fazer pra esses trabalhadores de apoio durante a nossa gestão nós fizemos. É por isso que eu contínuo dizendo, que nós precisamos ter consciência do que a gente faz. Nós não podemos prejudicar as nossas crianças em função de alguém que quer usar politicamente esse grupo de pessoas”, concluiu o prefeito.