Prefeitura e Ministério da Defesa debatem sobre o fortalecimento das políticas de imigração na capital

Prefeitura pretende construir casa de apoio para acolhimento aos imigrantes (Foto: Val Fernandes/Assecom)

Em uma reunião de alinhamento com a equipe ministerial de execução do Plano de Contingência Migratória 2023, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), apresentou, nessa terça-feira (4), para a equipe do Ministério da Justiça a metodologia do atendimento aos imigrantes que chegam na capital acreana.

A secretária da pasta, Suellen Araújo, relatou o trajeto percorrido pelos imigrantes até a chegada em Rio Branco e a logística disponibilizada pela prefeitura para acolher os imigrantes que chegam à capital acreana. Segundo ela, não é possível quantificar o número de pessoas que chegam em Rio Branco porque o corredor é transitado por ônibus, veículos de passeio e de cargas, nos quais eles pegam carona para o deslocamento, muitos fazem o trajeto até mesmo andando. A secretária relatou detalhadamente a política de acolhimento e a necessidade de um alinhamento com o Governo Federal para atender e dar um fluxo maior a essas pessoas que chegam por aqui, já que para os imigrantes, a capital acreana é apenas uma rota de passagem.

“A prefeitura é quem realiza a política de imigração no nosso estado, pois mesmo quando eles fazem esse atendimento saindo de Assis Brasil, Epitaciolândia e Brasileia, o fluxo maior é aqui na capital, então, hoje nós temos aqui uma casa de passagem super lotada, políticas que atendem as suas necessidades de acordo com a demanda que eles chegam. Diante disso, o prefeito tem viabilizado, com recursos próprios, essa compra de passagem, porque as vezes é o que tira esse número de lotação de dentro das casas de passagem.”

O prefeito Tião Bocalom também participou da reunião, ele disse que por mais que a prefeitura não tenha a condição logística ideal para atender aos imigrantes aqui na capital, não se nega a recebê-los, todos são abrigados e alimentados de forma acolhedora e humana.

“A Prefeitura de Rio Branco não tem a estrutura suficiente para tocar, então, precisamos de parcerias, não só com o Governo do Estado nesse sentido das passagens, mas também com o Governo Federal, porque essa é uma questão nacional, as pessoas não vêm para ficar aqui em Rio Branco, elas vêm para poder passar por aqui e chegar até o centro-sul do país”

O gestor também falou sobre a casa de apoio que a prefeitura pretende construir na capital, para acolhimento aos imigrantes.

“Temos o terreno, se o Governo Federal arrumar o recurso para que a gente possa construir, poderemos começar a construir esse ano e encerrar no ano que vem, porque seria uma casa não só para passagem de imigrantes, mas também em épocas difíceis, como as épocas de alegações, teremos mais espaço para poder acolher as pessoas, as famílias que são atingidas pelas alegações.”

Equipe ministerial conheceu Casa de Passagem mantida pela prefeitura (Foto: Val Fernandes/Assecom)

A equipe ministerial também conheceu a casa de passagem mantida pela prefeitura, o abrigo tem capacidade para atender 35 acolhidos, podendo se estender no máximo a 50 imigrantes. Na casa trabalham 17 pessoas, entre psicólogos, assistente social, recreadores e um suporte de apoio. A equipe conheceu toda a estrutura da casa, conversou com os imigrantes e toda a equipe.

O representante do Ministério da Defesa, General Maurício de Souza, disse que a equipe levará todo o diagnóstico desenvolvido durante a visita para todos os ministérios envolvidos na missão de fortalecimento da política migratória do país.

“Estamos aqui para verificar de cunho operacional a parte logística, mas especialmente na visão da Defesa Nacional, qual a situação, qual o diagnóstico aqui do momento, para que, aí sim, integrando as informações com os demais ministérios envolvidos, sob a coordenação da Casa Civil, nós tomemos as medidas que sejam necessárias, o Mistério da Defesa, junto com o estado maior do conjunto das forças armadas, chefiando logística, especialmente que a missão é dela, estaremos sempre em condições de cumprir aquilo que fomos orientados.”