A Prefeitura de Rio Branco intensifica as ações em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, celebrado no dia 18 de maio.
Essa data foi instituída no ano 2000, pelo Projeto de Lei 9.970. A escolha se deve ao assassinato de Araceli, uma menina de oito anos que foi drogada, estuprada e morta por jovens de classe média alta, no dia 18 de maio de 1973, em Vitória (ES). Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje permanece impune.
Chamado de “Faça Bonito”, a campanha ocorre durante todo o mês de maio, com o objetivo de sensibilizar, informar, mobilizar e convidar toda a sociedade para participar da luta em defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Durante esta semana, o 2º Conselho Tutelar, que atende os bairros da parte alta da cidade, está realizando ação de palestras em escolas. Nesta quarta-feira (17), eles estiveram na Escola Estadual Elozira dos Santos Thomé, falando sobre o tema para alunos do 9º ano.
“Essas palestras são importantes porque estamos levando para as crianças e adolescentes, na verdade estamos abrindo os olhos deles com uma situação de abuso sexual que pode estar ocorrendo em casa contra eles mesmos. E que às vezes não estão entendendo que é um abuso sexual”, explicou o coordenador do 2º Conselho Tutelar, Anilton Sá de Andrade.
O trabalho de conscientização acontece durante todo o ano. O coordenador reforçou a importância de todos estarem unidos nesta luta e, também, de que a denúncia deve ser feita.
“Se uma criança ou adolescente está sendo abusado sexualmente ou explorado e, por acaso, não possua meios de fazer uma denúncia via telefone, ele pode falar para o vizinho, professor e até um tio ou tia, ou discando no número 100. O disque 100 é um canal de denúncia gratuito que pode ser feito anonimamente, além do contato do Conselho que é o 99913-3932, que também pode estar fazendo essa denúncia pelo canal”, disse.
O conselheiro aproveitou para pedir que os pais tenham um cuidado maior com seus filhos e se atentem a possíveis mudanças de comportamento.
“Então você pai ou mãe, converse mais com os seus filhos, tenha uma atenção maior, converse mais, se seu filho está começando a se mutilar esse pode ser um dos sinais de que está acontecendo alguma coisa errada”, enfatizou.
A coordenadora da escola, Gleiciane Souza, destacou a importância dessas palestras para trazer o assunto para o debate na sala de aula e gerar maior aproximação entre aluno e educador, estabelecendo um vínculo maior de confiança.
“Na verdade, temos um trabalho de parceria, no sentido de identificar alguma violência que o aluno sofre. É muito importante, porque nessa parceria há coisas que a escola não alcança e que o Conselho Tutelar chega até ela”, disse.
O coordenador do 2º Conselho Tutelar destacou ainda que desde 2016, após as palestras existe uma reunião entre os conselheiros e a gestão da escola, para que ocorra uma atividade na sala de aula e assim reforçar a importância da denúncia.
“Viemos fazendo um trabalho muito importante e bonito nesse combate à exploração sexual, e nas escolas temos intensificados as ministrações. Após as palestras percebemos que algum adolescente está sendo abusado sexualmente e acabamos colhendo alguma denúncia”, finalizou.
