O coordenador da Defesa Civil do município de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou na manhã desta sexta-feira (24), o motivo pelo qual houve transbordamentos simultâneos de igarapés, atingindo vários bairros causando situação de emergência na capital. Ele explica que, desde o início, a crise tem se agravado a cada minuto, devido ao aumento do nível das águas dos igarapés que cortam a cidade, juntamente com o transbordamento do Rio Acre.
A Defesa Civil irá tomar novas medidas para ampliar o poder operacional e solicitar o apoio de mais secretarias municipais na ação emergencial, para atender às famílias afetadas pelas enchentes e enxurradas. “A prefeitura tem apoiado com todas as suas secretarias colocadas à disposição e é dessa maneira que a Defesa Civil tem levado o socorro e a resposta à comunidade afetada por esse grande desastre que nós estamos enfrentando”, disse o tenente-coronel.
Até o final da manhã de sexta-feira, 30 bairros haviam sido afetados, além de mais de 15 comunidades rurais atingindo um número aproximado de 23 mil pessoas, algo em torno entre 5 e 6 mil famílias. A capital tem vários pontos de interdição em relação a vias públicas. “Realmente uma situação difícil, pois com isso houve também suspensão das aulas nas redes estadual e municipal para que a gente pudesse utilizar as escolas como abrigo nesse momento”, explica Falcão, acrescentando que a prefeitura, através da Defesa Civil, irá começar a construção de abrigos no parque de exposição e ampliar os abrigos nas escolas públicas.
Um alerta amarelo foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia – Inmet e a Defesa Civil replica esse tipo de alerta. A previsão é de chuva para pelo menos os próximos dois dias, o que deve acarretar em aumento nos níveis dos igarapés do rio Acre, que não param de subir. “A cada centímetro que ele sobe na vertical, nós temos no horizontal a distância de quilômetros, então nós não temos a perspectiva de que esse cenário mude e melhore nos próximos dias”.
Defesa Civil recomenda atenção sobre trânsito e áreas de alagamento
“Recomendo às pessoas que estão em casa que saiam apenas com a necessidade hiperativa para chegar ao trabalho, para chegar a um médico. Algo diferente disso não aconselho a saída de casa. Nós estamos, infelizmente, com várias ruas interditadas, bairros isolados e isso faz com que o trânsito fique pesado. Com a suspensão das aulas nós teremos diminuição de um fluxo em relação à parte de veículos melhorando o trânsito, mas desde que as pessoas permaneçam em casa”, explica o coordenador da Defesa Civil.
O órgão recomenda que as pessoas não se aventurem durante esse momento em relação a transitar em ruas e bairros alagados, ficando próximas de fiação elétrica para evitar outros riscos e perigos.