Gabinete de crise migratória é criado para tentar humanizar situação de imigrantes que entram no estado

A situação da crise migratória de Brasileia e Assis Brasil será acompanhada mais de perto (Foto: Renilson Rodrigues/Assecom)

A reunião que criou o gabinete de crise migratória ocorreu na sala de reuniões da Casa Civil do Estado, e contou com as presenças dos representantes das polícias Militar e Rodoviária Federal, Casa Civil do Estado, Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e Prefeitura de Rio Branco. O secretário de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Lauro Veiga, informou que irá nesta quinta-feira (9) às cidades de Brasileia e Assis Brasil para acompanhar a situação da crise migratória mais de perto.

Segundo ele, os abrigos de Rio Branco, Brasileia e Assis Brasil estão todos colapsados. O secretário disse, ainda, que a saída para esse colapso seria os municípios alugarem chácaras e o Estado fazer as transferências de recursos para que os imigrantes tenham mais conforto. Ele acrescentou que está levando cestas básicas, colchonetes e cobertores para ajuda humanitária.

“Amanhã eu vou pessoalmente visitar os abrigos de Assis Brasil e Brasileia, e levar um caminhão com cestas básicas com ajuda humanitária, colchonetes, cobertores para as prefeituras de Assis Brasil e Brasileia. Junto com o Ministério Público vamos visitar as instalações e entender melhor esse cenário in loco para levar esses relatórios para o gabinete de crise. Nós estamos recomendando aos acreanos que pretendem viajar a turismo, que não façam porque a gente não vai ter segurança jurídica em razão da crise política no Peru onde a presidente atual está com 8% só de aceitação popular.”

A prefeita em exercício, Marfisa Galvão, disse que a situação é bem mais preocupante do que se imagina, porque além dos imigrantes que passam rotineiramente por aqui para outros destinos, com a crise política que está acontecendo no Peru é esperado que pelo menos 300 peruanos entrem pela fronteira nos próximo dias.

“A previsão é de chegar 300 pessoas. Nós teremos que unir forças o Estado e os municípios por onde esses migrantes irão passar, para que possamos dar o apoio necessário para eles.”