A Prefeitura de Rio Branco deu início, na manhã desta quarta-feira (8), à programação de visitas técnicas do projeto “Diálogos União Europeia – Brasil: Cidades e Alimentação: Governança e Boas práticas para alavancar os sistemas alimentares urbanos circulares”.
Os diálogos ocorrem em parceria com o Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares (Luppa), Embrapa, WWF, União Europeia e as secretarias municipais que fazem parte da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).
O sistema alimentar urbano circular consiste em trabalhar a pauta de segurança alimentar envolvendo as secretarias do município, onde há um esforço mútuo para a aplicação do plano.
Segundo a chefe da Divisão de Segurança Alimentar da secretaria municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), Sergiane Costa,. Rio Branco foi uma das cidades selecionadas para essa etapa.
“Uma etapa que visa trabalhar uma logística de combate ao desperdício de alimentos também. O sistema alimentar vai desde o sistema produtivo, com nossos agricultores, até a alimentação chegar na mesa.”
O pesquisador da Embrapa Alimentos e Territórios, Gustavo Porpino, disse que no âmbito desse projeto foram selecionadas cinco cidades que fazem parte da rede Luppa e ficou feliz em ver que duas cidades da região norte estão representadas no projeto: Rio Branco e Santarém.
“Nós estamos visitando essas cidades in loco, interagindo com as equipes envolvidas na agenda de alimentação urbana para identificar boas práticas relacionadas a valorização dos sistemas alimentares urbanos sustentáveis, e também para analisar a governança dessas cidades.”
De acordo com o pesquisador, as cidades precisam estar mais engajadas nessa agenda como forma de aumentar a oferta de alimentos saudáveis para a população, combatendo a fome, e também mitigar os desperdícios de alimento.
Rio Branco hoje investe na agricultura familiar como um dos carros chefes da gestão, além de investir na segurança alimentar através da assessoria que recebeu do Luppa assim como o fomento gerado pela Caisam, como explica Sergiane Costa.
“As secretarias estão realmente envolvidas com a pauta, e trabalhando em prol disso, conseguimos a reabertura do Restaurante Popular, temos os equipamentos de segurança alimentar que são a base para que consigamos dar continuidade a agenda.”
“Vamos começar uma coleta de dados para entender melhor como a cidade de Rio Branco está organizada para essa agenda e para identificar os programa e iniciativas que podem ser inclusive replicadas em outras cidades. O Brasil é muito diverso, a região norte tem uma peculiaridade muito interessante com uma rica biodiversidade, que pode ser melhor aproveitada na alimentação escolar”, disse Gustavo.