
A chegada de imigrantes em Rio Branco permanece crescendo. Pensando no acolhimento dessas pessoas, a Prefeitura de Rio Branco e o Ministério Público do Estado reuniram-se na tarde desta segunda-feira, 9, para debater melhorias em relação a assistência desses estrangeiros.
“Isso é uma agenda que estamos construindo com todos os municípios que recebem imigrantes, e propor um termo de cooperação entre MP estadual e federal, defensoria pública, estado, e agora a prefeitura de RB para que juntos possamos encontrar as melhores soluções para o atendimento dos imigrantes no município de Rio Branco”, explica a procuradora geral do Ministério Público do Acre e Coordenadora da promotoria de Direitos Humanos, Kátia Rejane.
O município de Rio Branco faz parte do fluxo migratório por fazer parte de um estado de fronteira. Sendo assim, possui uma responsabilidade ímpar no acolhimento de imigrantes, de acordo com Fabrício Silva, coordenador do Núcleo de apoio psicossocial do MP/AC. “É um número bastante rotativo. Achávamos que haveria um grande número de pessoas e viria após a pandemia, principalmente do público que estava no Peru, e não foi isso que aconteceu. Então nós temos uma certa condição de trabalho e de organização do serviço, sem estarmos numa crise humanitária em decorrência da imigração”, enfatizou Fabrício.
Participaram da reunião, o Assessor de Articulação Institucional, Helder Paiva, o Assessor Especial para Assuntos Jurídicos, Jorge Bezerra, os secretários Valtim José (SMCC), Neiva Tessinari (SEPLAN e SDTI), e Francisco Bezerra (SASDH) que afirma o cuidado do município em relação ao problema: “Estamos respeitando todas as normas que são estabelecidas, até tratados internacionais, questões administrativas, mas sobretudo termos a sensibilidade em entender que estas pessoas, estão em situação de sofrimento, precisam ser acolhidas como seres humanos e vamos procurar fazer o melhor”, explicou Francisco Bezerra.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom expõe que o município está preparando uma chácara para receber esses imigrantes. Segundo ele, o município já recebeu recurso do governo federal, mas que antes é necessário ver de que forma o estado vai participar. “É uma despesa que deve ser dividida entre governo federal, estadual e municipal. Para isso já ficou definida uma reunião para a próxima semana entre município, estado e o Ministério Público (que está intermediando todo o processo) para que se defina o que é responsabilidade do estado e do município e darmos sequência a esse atendimento humanitário aos imigrantes que por aqui passam”, concluiu o prefeito.