
Horas depois do prefeito Tião Bocalom visitar as comunidades ribeirinhas atingidas pela cheia do Rio Acre, a prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Econômico (Safra), entregou cestas básicas às famílias que moram em áreas alagadas nas comunidades Catuaba e Liberdade.
Segundo o secretário da Safra, Eracides Caetano, a prefeitura vai atender também as comunidades Colibri, Bagaço, Limoeiro, PA-Vista Alegre, Extrema, Oriente, Panorama, Belo Jardim (ribeirinho), APA do Amapá, Moreno Maia, Capatará, Água Preta, Caipora, Vai se Ver, Espalha e São Raimundo.
O trabalho conta com o apoio das secretarias municipais de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Seinfra), Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre.
“A nossa vida tem sido muito difícil e a gente só pode pedir a Deus que ele minimize o nosso sofrimento. E é graças a Ele que hoje estamos recebendo esses alimentos da prefeitura. Chegou em uma hora oportuna, afinal de contas, perdemos quase toda produção de farinha, nossa principal fonte de renda”, comentou a produtora rural, Maria Vicente de Souza.
Francisco Rodrigues de Lima, mora no local há 54 anos, e disse que “a ajuda é importante para a sobrevivência das famílias”. Os mantimentos tiveram que ser entregues de voadeira e barco com motor de rabeta (pequena embarcação característica da região), pois as áreas estão completamente alagadas e não permitem o tráfego de veículos.
Os estragos causados pela cheia estão visíveis por todos os lados e o socorro de emergência está sendo acompanhado pelo secretário Eracides Caetano. “Nossa meta inicialmente, é garantir comida na mesa das pessoas. Temos uma estratégia para atuar no pós-cheia e toda equipe da Safra está de prontidão”, salientou. Além dos alimentos, a prefeitura enviou ao local, assistentes sociais da SASDH para um auxilio além da distribuição cestas básicas.
O diretor do departamento de produção da Safra, Laerte Soares, informou que o trabalho está sendo realizado dentro de uma articulação feita pelo prefeito Bocalom, visando colocar comida na mesa das pessoas que perderam suas plantações em decorrência da precipitação do rio.
Edberto Braz Teixeira, conhecido por Russo, é produtor de mamão, banana, laranja e mandioca. Ele conta que ainda não dá para medir o tamanho do prejuízo. Porém, a produção de polpa de cajá, em sua propriedade foi a mais afetada. “Uma produção de 40 toneladas por safra, caiu para zero”, colocou.
Russo, disse acreditar muito na gestão do prefeito Tião Bocalom. Possui o desejo de canalizar forças na produção de mamão. “Tenho terra fértil e as mais de 10 hectares de plantação, esse ano, não foram afetadas”, finalizou.