Durante passagem pelo Estado do Acre, nesta quarta-feira, 24, a embaixadora da República Bolivariana da Venezuela, no Brasil, professora Maria Teresa Belandria, esteve na prefeitura de Rio branco, onde foi recebida pelo chefe da Casa Civil Valtim José e pelo assessor especial parlamentar Helder Paiva. O motivo da visita, segundo a embaixadora, foi para agradecer a cidade, em especial, a gestão municipal pela receptividade e o apoio aos imigrantes venezuelanos.
Representante do governo autoproclamado da Venezuela, comandado por Juan Guaidó e reconhecido pelo Brasil, a embaixadora estava acompanhada pelo ministro conselheiro daquele país, Tomás Silva. Ele lembrou que seus compatriotas saíram da terra natal fugindo de uma grave crise política, econômica e humanitária em busca de sobrevivência e, centenas dos quais escolheram a capital acreana, que os acolheu.
“Viemos agradecer a Prefeitura de Rio Branco e explicar que esses venezuelanos são pessoas que estão fugindo de uma ditadura. Hoje, na Venezuela, existe uma catástrofe. Essa vulnerabilidade e crise migratória, que hoje representa a segunda maior crise migratória do mundo, temos que olhar com atenção para entender que esses refugiados não estão imigrantes porque querem, eles estão sendo forçados a sair do país”, informou Tomás Silva.
Atualmente, na Venezuela, o salário mínimo é um dólar por mês, pouco mais de R$ 5,00. A crise venezuelana é complexa, porém aqui no Brasil os venezuelanos foram cadastrados no auxílio emergencial da pandemia e estão sendo inseridos no Cadastro Único do governo federal. Mas foi em Rio Branco que eles encontraram abrigo para dormir e comida para se alimentar.
Maria Teresa ressaltou que é importante que seu país esteja próximo, não só do poder público em âmbito nacional, mas também do poder público local, pois está mais próximo da sua comunidade. “Nosso objetivo é conhecer a situação dos venezuelanos, como estão vivendo aqui em Rio Branco e agradecer a prefeitura pelo tratamento humanizado que tem dado aos nossos conterrâneos. É muito importante conhecer essa situação e apoiar as autoridades da prefeitura e informar aos venezuelanos como eles podem proceder para obter informações e adquirir os documentos necessários na polícia federal”, explicou Maria Tereza.
Valtim José disse que a prefeitura tem, dentro das possibilidades, contribuído com os venezuelanos que buscaram abrigo na capital. Disse que a Embaixada prometeu atuar como instrumento desembaraçador na parte documental tanto para quem já está trabalhando e quer a permanência definitiva, aos que almejam repatriamento futuro.
“Nós iremos levá-los até o abrigo dos venezuelanos para que vejam o espaço e como a prefeitura tem atendido e dado o suporte que eles necessitam, até porque é uma determinação do prefeito Tião Bocalom. Nós temos a obrigação de tentar fazer pelo menos o mínimo para ajudar essa nação tão sofrida, que está vivendo esse momento político nos país deles”, concluiu