Segundo Festival da Macaxeira reforça incentivo ao agronegócio como potencial econômico no Acre

Evento contou com palestras sobre mandiocultura, café e cacau, destacando oportunidades para a agricultura familiar

Durante os três dias do 2° Festival da Macaxeira, realizado pela Prefeitura de Rio Branco no Horto Florestal, o incentivo ao agronegócio foi um dos principais destaques da programação. Além de valorizar o homem do campo e fortalecer a produção da mandiocultura, o evento contou com uma série de palestras técnicas promovidas pela Secretaria Municipal de Agropecuária, que abordaram as potencialidades econômicas de culturas como o café, a mandioca e o cacau.

A engenheira agrônoma Amanda Thirza, do estado de Rondônia, foi uma das palestrantes convidadas. Ela explicou sobre as diferentes variedades de mandioca adaptadas à região acreana e destacou a importância do aproveitamento dos subprodutos da cultura para o aumento da renda dos produtores.

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“A mandioca é uma cultura com alta viabilidade econômica”, disse Thirza. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

“A mandioca é uma cultura com alta viabilidade econômica. O produtor pode comercializar as raízes in natura ou investir na produção de subprodutos, como a farinha, o polvilho e a tapioca, agregando valor ao produto. Além disso, o processamento e o congelamento da mandioca descascada permitem estender sua vida útil e garantir renda mesmo nos períodos de entressafra”, explicou Thirza.

O produtor rural Leandro Medeiros, do Projeto de Assentamento Boa Água, na região do Quixadá, contou que atualmente cultiva mandioca em 12 hectares e que a atividade tem se mostrado uma alternativa econômica viável para várias famílias da comunidade.

“A gente viu que dava resultado e começamos a expandir. Hoje temos a agroindústria Cheiro da Terra, que processa de cinco a seis toneladas de mandioca por semana, com participação de até 20 produtores. A prefeitura tem sido uma grande parceira, apoiando com adubo, calcário e preparo do solo”, destacou o produtor.

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“A prefeitura tem sido uma grande parceira, apoiando com adubo, calcário e preparo do solo”, destacou o produtor. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

O secretário municipal de Agropecuária, Eracides Caetano, ressaltou o compromisso da atual gestão em fortalecer o agronegócio e valorizar o homem do campo, tanto com melhorias na infraestrutura rural quanto com apoio técnico e incentivo à diversificação produtiva.

“A agricultura está em constante evolução, e trazer conhecimento é fundamental. Além da macaxeira, estamos incentivando o cultivo do café e do cacau, que têm grande potencial no Acre. O prefeito Tião Bocalom tem essa preocupação de manter o homem no campo, oferecendo alternativas rentáveis. O cacau, por exemplo, pode render até sete colheitas por ano quando irrigado, e as condições de solo e clima do Acre são muito semelhantes às de Rondônia, o que nos dá ótimas perspectivas”, afirmou.

Foto de Eracides Caetano
“A agricultura está em constante evolução, e trazer conhecimento é fundamental”, destacou Eracides. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

O Segundo Festival da Macaxeira e Agronegócio reforçou a importância da agricultura familiar e mostrou que o agronegócio pode ser um dos pilares do desenvolvimento econômico sustentável do Acre.

O homem do campo desempenha um papel essencial para o desenvolvimento da cidade. É do trabalho silencioso e dedicado nas zonas rurais que nascem os produtos que abastecem o comércio, fortalecem a indústria e sustentam a economia urbana. Cada alimento cultivado, cada produto transformado e cada colheita realizada no campo representam a base que impulsiona o crescimento das cidades, gerando emprego, renda e qualidade de vida para toda a população. Valorizar o produtor rural é reconhecer que o progresso urbano começa na terra, com o esforço de quem vive e produz no campo.

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