A secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), Suellen Araújo, e o secretário de Gestão Administrativa (SMGA), Jonathan Santiago, explicaram em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (8), sobre a denúncia lançada nas redes sociais, onde, duas camas que estavam armazenadas no galpão da prefeitura e que seriam entregues pelo programa Recomeço para Famílias 2023, haviam sido destruídas pela chuva.
De acordo com Jonathan Santiago, os dois itens foram afetados pela chuva, após um vento arrancar parte do telhado do galpão. O secretário disse ainda que em um universo de mais de 3 mil itens, que ainda estão no galpão, para serem entregues, apenas estes foram afetados e que até o momento já foram entregues mais de 15 mil itens entre geladeiras, fogões, camas, colchões, tanquinhos, guarda-roupas, botijas de gás, entre outros.
“Foram mais de 20 mil itens adquiridos, entre o programa Recomeço e os bens da Defesa Civil Nacional que foram enviados para o município. Mais de 15 mil bens já foram entregues e temos ainda cerca de 4 mil para entregar, onde a grande maioria é de colchões e travesseiros. No vídeo, de forma leviana, diz que esses bens estariam apodrecendo, mofando. Trata-se de dois colchões, num universo de 4 mil itens. Em novembro do ano passado teve um vendaval que arrancou telhas(do galpão) e molhou. 10 colchões foram recuperados e apenas dois foram colocados separados”, informou o secretário.
A secretária da SASDH, Suellen Araújo, exemplificou a eficiência do Programa Recomeço e os critérios para que as famílias pudessem ser beneficiadas.
“O Projeto Recomeço é uma continuidade de toda uma assistência que a prefeitura deu às vítimas da alagação e enxurradas. No primeiro momento, os afetados foram acolhidos, oferecido alimentação, os kits de higiene e de limpeza, além de todo assessoramento a essas famílias. Depois de ver o que aconteceu com os móveis das famílias, o prefeito criou esse projeto e ele deve, sim, ser exaltado. Porque a gente não pode tirar por um colchão, uma cama, ou seja, lá um móvel que fora danificado. Nós não podemos tirar o sorriso de cada uma dessas famílias que receberam os seus bens, sabe Deus quando teriam condições”, explicou.
Moradora do bairro Cidade Nova, um dos mais afetados pelas enchentes no ano passado, Maria Francisca, contou que desde 2005 enfrenta as enchentes do Rio Acre, mas que nunca havia sido beneficiada com nenhum programa social tão abrangente quanto o Recomeço.
“Passei por muitas alagações. A gente ia para quadra, o máximo que a gente ganhava era um sacolão. Mas esse ano foi diferente. Ganhei colchão, geladeira, fogão, botija e eu estou muito grata, pois eu não tenho condições de comprar tudo o que perdi. Só tenho que agradecer de coração.”
Luciana Lima, que também perdeu tudo na enchente passada, disse que sem o programa da Prefeitura de Rio Branco, não teria a mínima chance de recomeçar a vida novamente.
“Perdi tudo, mas graças a Deus, eu ganhei tudo novamente. Só tenho a agradecer pelas coisas que fizeram por mim até hoje. Ganhei cama de casal, solteiro, três travesseiros, guarda-roupa, geladeira e fogão. Ganhei sacolão e água mineral. Só tenho a agradecer à prefeitura.”
Ao final da coletiva, o secretário Jonathan Santiago, esclareceu que o programa Recomeço foi suspenso temporariamente em virtude da Lei Eleitoral, que veda doações em ano de eleição e se faz necessário uma consulta ao Tribunal Regional Eleitoral, para não causar qualquer embaraço jurídico.