No Dia de Finados, cerca de 50 mil pessoas passaram pelos quatro cemitérios públicos de Rio Branco. Os portões foram abertos às 7h para receber os visitantes que desejaram prestar homenagens aos entes queridos já falecidos. Foi um momento de reflexão e saudade para muitos, que encontram nos cemitérios um espaço de memória e conexão com àqueles que partiram.
O funcionário público Nelson de Araújo veio com a mãe visitar o túmulo dos avós.
“Hoje eu visito a minha avó, meu avô e alguns amigos que nós conhecemos. Minha avó já faz 40 anos, meu avô está com uns 15, 20 anos e alguns amigos nós perdemos na pandemia.”
O jornalista Ayres Rocha também mantém a tradição de visita aos entes queridos.
“Desde criancinha meu pai sempre trazia a gente para ver os túmulos dos avós. É uma tradição. Hoje eu venho visitar o túmulo dos meus pais, aqui está o meu irmã Álvaro Rocha e a minha irmã Maria Rocha. É uma forma de solidarizar espiritualmente.”
Além das visitas individuais, a Igreja Católica também realizou missas especiais nos cemitérios da cidade. Foram momentos de oração e conforto espiritual. Essas celebrações ocorrem nos cemitérios de Rio Branco, trazendo um ambiente de comunhão e lembrança. No cemitério São João Batista, a missa foi celebrada pelo Bispo Dom Joaquim
O prefeito Tião Bocalom visitou os principais cemitérios e participou da missa no São João Batista.
“É um dia para refletir sobre a nossa vida. Sobre a nossa passagem por essa terra, mas também sobre a passagem daqueles que já se foram, que já nos deixaram. Então esse dia é muito importante.”
Para garantir o bem-estar e segurança no local, a prefeitura intensificou a limpeza e instalou câmeras de segurança nos quatro cantos do cemitério.
“Já está com dois meses que fazemos a limpeza. Também reforçamos a parte de iluminação nos cemitérios, reforçamos a segurança que já até diminuiu o número de furtos e o grande desafio foi receber esse grande número de população que é de 50 mil pessoas”, destacou o secretário municipal de Cuidados com a Cidade, Joabe Lira.
Para evitar exploração infantil nos cemitérios, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) realizou uma ação educativa em todos os cemitérios.
“Aqui nós estamos identificando alguma violação de direito e exploração do trabalho infantil, caso a gente identifica a gente faz o caminhamento através dos nossos Cras”, enfatizou o diretor de Assistência Ivan Ferreira.
Àquela família que não conseguia encontrar o túmulo da pessoa que já faleceu, a prefeitura disponibilizou uma sala para identificação através do registro e um guia para conduzir até o local.
“Tem um pessoal que está dando apoio aqui fora também, se não souber ir eles acompanham até o local onde está sepultado”, explica a coordenadora Francisca Silva.
Nos demais cemitérios da cidade o fluxo de visitantes também foi intenso.